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Economia afetiva: não mendigar amor

Luciana Por Luciana
24 de outubro de 2025
em Opinião
Tempo de leitura: 3 mins
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O sujeito que antes pedia amor agora se tornou capaz de amar sem mendigar, e isso muda toda a economia afetiva. Na lógica psicanalítica, essa transformação não acontece de um dia para o outro; é fruto de um processo de elaboração da perda, de uma travessia interior em que o sujeito se defronta com o próprio vazio, com o eco da falta que o amor deixou.

No início da separação, o que domina é o desamparo; aquilo que Freud descreveu como o retorno do sentimento infantil de estar só diante de um mundo que não responde. O amor, antes investido no outro, se torna uma energia sem destino, uma libido sem morada. O sujeito busca refúgio em mensagens, lembranças, tentativas de reconexão, como se ainda fosse possível restaurar o laço rompido.

Mas, aos poucos, o inconsciente começa a operar um movimento silencioso: o de desinvestir no outro que perdera e reinvestir em si mesmo. Posso contar com sua companhia nessa reflexão meu caro leitor, minha caríssima leitora? Pois então me acompanhe, por favor.

Esse é o ponto de virada em que o amor deixa de ser súplica e passa a ser presença. Quando o sujeito para de pedir amor, não é porque deixou de amar, mas porque aprendeu que o amor genuíno não nasce da carência, e sim da capacidade de permanecer inteiro mesmo diante da falta.

Lacan dizia que amar é dar o que não se tem, e essa frase ganha força aqui: quem já não mendiga é aquele que reconheceu que o amor não pode ser comprado com esforço, nem sustentado pela insistência. Amar, então, torna-se um ato de liberdade: uma escolha de estar com o outro, e não de se perder nele.

A separação, elaborada, ensina o sujeito a se reapropriar do próprio desejo. O que antes era um investimento exclusivo no outro se torna agora circulação libidinal pela vida: o desejo volta a ter movimento, reencontra o prazer em existir, criar, sonhar, viver. O amor, que antes pedia confirmação, transforma-se em força de doação.

A ausência do outro, que parecia um abismo, se revela um espaço fértil onde nasce a possibilidade de amar de novo; sem cobrança, sem dependência, sem medo. O sujeito que se refaz após a perda descobre que o amor não é aquilo que se implora, mas o que se oferece quando se está inteiro.

E quando esse sujeito reencontra o olhar de alguém, já não busca nele um espelho, mas uma presença. Já não ama para se curar, mas porque o amor se tornou expressão da própria vitalidade. Há serenidade onde antes havia urgência, e há silêncio onde antes havia clamor. A solidão, antes temida, agora é morada. E nessa morada, o sujeito compreende que o amor que se pede escraviza, mas o amor que se oferece liberta.

A dor da perda, transformada em saber, faz surgir uma maturidade afetiva: a de entender que amar não é conquistar, mas permitir o encontro sem exigir permanência. Assim, o amor deixa de ser necessidade e passa a ser potência; o gesto mais humano de quem, finalmente, aprendeu a existir em companhia de si mesmo.

Se gostou dessa reflexão, se você se reconheceu nela ou conhece quem passa por isso, recomendo que passe em sessões de análise pessoal, fico a disposição, me acione através do meu site: www.drthiagopontespsicanalista.com.br

Tags: ARTIGO
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