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Outubro Rosa sob o olhar da psicanálise

Luciana Por Luciana
3 de outubro de 2025
em Opinião
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O mês de outubro, marcado pela campanha Outubro Rosa, é um convite à conscientização e à prevenção do câncer de mama, mas também abre espaço para pensarmos no impacto subjetivo que o diagnóstico dessa doença causa na vida de tantas mulheres. O encontro com a notícia de um câncer não se restringe ao corpo biológico: é uma experiência que atravessa o psiquismo, os laços sociais e a maneira como a mulher se percebe no mundo. Trata-se de uma ruptura brusca, um corte que introduz uma realidade inesperada, trazendo consigo a angústia diante da finitude, o medo da dor, a insegurança frente ao futuro e, muitas vezes, o questionamento do próprio lugar enquanto sujeito. Nesse cenário, a psicanálise pode se tornar um recurso essencial, pois permite que a mulher encontre um espaço de escuta e elaboração, onde não será reduzida a um número, a um exame ou a um diagnóstico, mas reconhecida em sua singularidade e em sua história de desejo. Gostaria de refletir sobre essa pauta extremamente atual e peço gentilmente sua companhia, posso contar com ela minha caríssima leitora, meu caro leitor? Ótimo então vamos à ela.

Receber a notícia de um câncer é, em muitos casos, um trauma, um acontecimento que escapa à possibilidade imediata de simbolização. A primeira reação pode vir sob a forma de negação, raiva, incredulidade ou paralisia. A psicanálise, ao oferecer um lugar de fala e escuta, ajuda a transformar o que está paralisado em palavras, possibilitando que o indizível encontre vias de expressão. Através do trabalho analítico, a paciente pode dar sentido ao acontecimento, não no sentido de justificar ou amenizar a gravidade, mas de se apropriar da própria experiência, não ficando aprisionada pelo peso do real da doença.

Outro aspecto fundamental está relacionado ao corpo. O câncer de mama, em particular, toca diretamente a feminilidade, a autoimagem e o narcisismo da mulher. A possibilidade de uma mastectomia, a queda de cabelo decorrente da quimioterapia, a fadiga ou outras alterações físicas mobilizam lutos profundos. O corpo que antes era fonte de vaidade, prazer e identificação passa a carregar marcas de sofrimento, fragilidade e perda. Nesse ponto, a análise auxilia a mulher a elaborar esse luto pelo corpo idealizado, favorecendo a construção de novas formas de se perceber e de viver sua feminilidade, que não se esgota no seio, no cabelo ou na estética, mas se liga ao desejo, à história e à subjetividade de cada uma.

Ao mesmo tempo, o diagnóstico pode interromper projetos, sonhos e perspectivas de futuro, instaurando a sensação de que a vida foi suspensa. A psicanálise sustenta que o desejo não pode ser deixado de lado, mesmo em tempos de tratamento e dor. Resgatar aquilo que dá sentido à existência, seja o amor, a maternidade, a vida profissional, os laços sociais ou as pequenas realizações cotidianas, é fundamental para que a mulher não se reduza ao lugar de doente. A análise ajuda a manter viva essa chama do desejo, recordando que, apesar da presença do câncer, ainda existe um sujeito que sonha, deseja e ama.

Além disso, o câncer confronta diretamente a mulher com a questão da morte. A finitude, que normalmente permanece velada no cotidiano, surge com intensidade diante de um diagnóstico oncológico. A psicanálise não nega esse encontro com a morte, tampouco oferece garantias ilusórias de superação, mas proporciona à paciente um espaço onde a angústia pode ser elaborada, tornando-se menos paralisante. Ao transformar a angústia em palavra, a mulher encontra a possibilidade de seguir em frente, sustentando uma posição ativa diante da vida, mesmo sob o risco que a doença representa.

É importante ressaltar que a psicanálise não substitui o tratamento médico, mas o complementa, oferecendo suporte emocional e subjetivo em um momento em que o corpo e a mente se encontram ameaçados. A escuta analítica reconhece que cada mulher vive o câncer de maneira única e que não existe um roteiro universal para enfrentar a doença. O que existe é a possibilidade de, através da palavra, resgatar a singularidade e a força que cada sujeito carrega, mesmo nos momentos de maior fragilidade.

Assim, no contexto do Outubro Rosa, ao lado das campanhas de prevenção e da valorização do diagnóstico precoce, é essencial lembrar que cuidar da saúde emocional é também uma forma de tratamento. A psicanálise mostra que não se trata apenas de resistir ou ser “forte”, mas de encontrar um modo singular de lidar com a dor, de sustentar o desejo e de não se deixar abater pelo peso do diagnóstico. Nesse percurso, a mulher descobre que, embora o câncer seja uma parte de sua realidade, ele não a define em sua totalidade. Ela continua sendo sujeito de desejo, de história e de vida. E é nesse ponto que reside a potência transformadora da escuta psicanalítica: possibilitar que, mesmo diante da doença, a mulher permaneça fiel ao que a faz ser quem é. Se houver interesse em passar por um processo terapêutico que envolva essa e outras questões emocionais e existenciais, entre em contato comigo através do meu site: www.drthiagopontespsicanalista.com.br

Tags: ARTIGO
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