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O medo da própria companhia

Luciana Por Luciana
10 de outubro de 2025
em Opinião
Tempo de leitura: 3 mins
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Há quem não suporte o silêncio. Há quem tema o momento em que o barulho do mundo se apaga e resta apenas a própria presença. O medo da própria companhia é um dos sintomas mais sutis e dolorosos da subjetividade contemporânea: ele revela o quanto muitos de nós se afastaram de si mesmos. Quando o outro não está, quando o espelho social não reflete nossa imagem, surge o vazio, um abismo onde se revelam a insegurança, a culpa e a sensação de não saber quem se é. Na solidão, a máscara cai, e o sujeito se depara com a própria incompletude. É justamente nesse instante que o medo se manifesta, pois é difícil sustentar o olhar diante do próprio desamparo. O tema do artigo de hoje é real, atual e gostaria de ter a sua companhia nessa reflexão, minha caríssima leitora, meu caro leitor, posso contar com ela? Ótimo, então, por favor, venha comigo.

A psicanálise compreende esse medo como expressão do conflito entre o eu ideal e o eu real. Desde o início da vida, o sujeito busca se constituir a partir do olhar do outro, seria o “espelho” que confirma sua existência. Freud mostrou que o eu é, em grande parte, uma construção imaginária, moldada por identificações e desejos inconscientes. Quando esse eu se distancia daquilo que o sujeito realmente é, nasce uma fenda: um eu que deseja ser amado, admirado, perfeito, e outro que se sente inadequado, imperfeito, indigno. Ficar a sós consigo é, portanto, confrontar essa fenda, é perceber que a imagem idealizada desmorona diante da realidade psíquica.

A insegurança que daí emerge não é apenas uma sensação passageira, mas um modo de defesa. O sujeito teme o encontro com aquilo que recalcou: suas fragilidades, suas culpas, seus desejos inconfessáveis. Em uma cultura que valoriza o desempenho, a produtividade e a constante exposição, admitir a própria vulnerabilidade é quase um pecado. Por isso, o medo da solidão torna-se também o medo de fracassar diante de si mesmo. A companhia de si exige coragem para encarar a própria sombra, aquilo que Jung chamaria de o lado reprimido da personalidade, onde habitam os aspectos negados de nós mesmos.

A baixa autoestima, nesse contexto, é o reflexo de um eu que não se reconhece como digno de amor sem o aval do outro. O sujeito acredita que só existe na medida em que é visto, validado ou desejado. Assim, evita o silêncio e o isolamento, buscando refúgio nas distrações, nas telas, nas relações superficiais. Entretanto, quanto mais foge, mais se aliena de si. O medo da própria companhia é, no fundo, o medo de se escutar, de ouvir as vozes internas que pedem reconhecimento, reparação e cuidado. A psicanálise nos ensina que não há cura sem escuta, e não há escuta sem solidão.

A culpa, por sua vez, surge como herança do superego; aquela instância psíquica que cobra perfeição e pune o desejo. Quando o sujeito se recolhe, o superego fala mais alto: recorda erros, impõe julgamentos, desperta a sensação de que estar só é castigo. Mas, paradoxalmente, é também na solidão que o eu pode se reconciliar consigo, desde que transforme o silêncio em espaço de elaboração e não de autopunição. Freud dizia que o inconsciente é atemporal e insiste em retornar; assim, o medo de ficar só revela a presença do inconsciente, o chamado das partes não ouvidas de si.

Aprender a estar consigo é, portanto, um ato de coragem e de amor próprio. Implica suportar a angústia inicial de se ver sem filtros, acolher a própria imperfeição e reconhecer que o vazio não é inimigo, mas condição para a criação de sentido. O sujeito que se permite esse encontro começa a perceber que a solidão pode ser fecunda, não uma ausência, mas sim uma presença de si. Na psicanálise, o caminho da cura passa pela palavra, mas também pela escuta silenciosa. Estar só não é estar abandonado, mas estar em diálogo com o próprio inconsciente.

O medo da própria companhia revela o quanto ainda somos estrangeiros dentro de nós mesmos. Contudo, é justamente atravessando esse medo que o sujeito encontra a possibilidade de se habitar. A solidão, quando elaborada, torna-se espaço de autenticidade, onde não é mais necessário fingir ser outro para ser aceito.

O que antes era fuga transforma-se em encontro: o sujeito descobre que pode ser companhia para si mesmo e que essa talvez seja a mais verdadeira forma de liberdade. Se você se identificou com esse tema, com a solidão e o medo de sua própria companhia, me chame, vamos conversar, acesse meu site e agende sua sessão: www.drthiagopontespsicanalista.com.br

Tags: ARTIGO
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