Saiba como a herpes zoster se manifesta, por que pode gerar dor crônica e quais abordagens modernas e tradicionais ajudam na recuperação
A herpes zoster, conhecida popularmente como cobreiro, é uma infecção causada pela reativação do vírus Varicela-Zoster — o mesmo vírus responsável pela catapora. Após a infecção inicial, geralmente na infância, o vírus permanece adormecido nos nervos do corpo, podendo “despertar” décadas depois.
Esse processo ocorre principalmente em pessoas acima dos 50 anos, quando a imunidade natural começa a diminuir, tornando o organismo mais vulnerável. Estresse intenso, noites mal dormidas, doenças crônicas, uso de imunossupressores e situações que enfraquecem o sistema imune também aumentam chances de reativação.
Como a herpes zoster se manifesta
A reativação do vírus provoca inflamação nos nervos e gera sintomas como:
Ardência e dor no trajeto nervoso antes mesmo das lesões aparecerem
Vermelhidão e bolhas agrupadas na pele
Sensibilidade extrema ao toque
Febre leve e mal-estar
As lesões costumam surgir apenas de um lado do corpo, seguindo o trajeto de um nervo específico. A fase aguda dura de 2 a 4 semanas, mas, em muitos casos, a dor permanece mesmo após a cicatrização da pele.
Por que pode evoluir para dor crônica
A complicação mais temida da doença é a neuralgia pós-herpética — uma dor crônica que pode durar meses ou anos. Isso acontece porque:
O vírus danifica as fibras nervosas
Os nervos ficam hiperexcitáveis e enviam sinais de dor sem estímulo real
O cérebro passa a interpretar sensações leves como dor intensa
A inflamação prolongada dificulta a regeneração do tecido nervoso
A dor pós-herpética é descrita como queimação, choques, pontadas ou ardência contínua. Pode ser incapacitante, afetando sono, humor e qualidade de vida.
Como a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) interpreta a doença
Na visão da MTC, a herpes zoster é resultado de:
Deficiência de Wei Qi (energia defensiva), responsável pela imunidade
Invasão de Vento-Calor ou Umidade-Calor nos meridianos
Estagnação de Qi e Xue (energia e sangue), que intensifica a dor
Enfraquecimento do Yang e do Jing do Rim, comum após os 50 anos
Essa combinação favorece tanto a reativação viral quanto o surgimento da dor persistente.
Acupuntura: uma aliada no tratamento da herpes zoster e da dor pós-herpética
A acupuntura se destaca por atuar em múltiplos aspectos ao mesmo tempo — imunidade, inflamação, dor e equilíbrio emocional.
Fortalecimento da imunidade
A estimulação de pontos específicos melhora a função do sistema imunológico, ajudando o organismo a controlar o vírus e reduzir recorrências.
Alívio da dor
A acupuntura libera endorfinas e modula neurotransmissores, possibilitando:
- Redução rápida da dor
- Menos hipersensibilidade da pele
- Diminuição do uso de analgésicos
- Melhora do sono
- É reconhecida como um dos tratamentos complementares mais eficazes para neuralgia pós-herpética.
Melhora da circulação de energia e sangue
Ao destravar os meridianos afetados, a acupuntura favorece a regeneração das fibras nervosas e acelera a recuperação.
Tratamento do processo inflamatório
Na fase aguda, auxilia na redução de:
- Vermelhidão
- Sensação de queimação
- Evolução das lesões
- Tempo de cicatrização
Cuidado emocional
Como estresse e ansiedade são gatilhos importantes, a acupuntura também atua no equilíbrio emocional, contribuindo para um processo de cura mais completo.
A herpes zoster é uma doença que merece atenção especial, principalmente após os 50 anos. A dor crônica que pode surgir depois da infecção é um grande desafio para milhões de pessoas — mas há caminhos eficazes para o alívio.
A integração entre Ciência e Medicina Tradicional Chinesa, especialmente por meio da acupuntura, oferece uma abordagem segura, abrangente e humanizada para tratar tanto a infecção quanto a neuralgia pós-herpética. Uma combinação que devolve conforto, autonomia e qualidade de vida aos pacientes.

Dra Carmen Regina Spadaccia Mazzon, Acupunturista,
Neurocientisca e Fitoterapeuta
Instagram: @acupuntura.carmenregina
WhatsApp: (19) 98144 1136









